Desbloquear os recursos nacionais para as infra-estruturas africanas, tirando partido dos fundos de pensões, dos fundos soberanos, das obrigações da diáspora e de uma melhor cobrança de receitas - destacando modelos bem sucedidos e reformas políticas para canalizar as poupanças locais para o desenvolvimento.

Abordar os desafios do desenvolvimento de projectos em fase inicial para reforçara sua bancabilidade, com foco em mecanismos de preparação, estudos de viabilidade e ferramentas de mitigação de riscos. Destacar estudos de caso de sucesso e contributos de instituições como o Banco Africano de Desenvolvimento (AfDB) e o Mecanismo de Prestação de Serviços (SDM) da AUDA-NEPAD,  para demonstrar como o apoio precoce conduz ao encerramento financeiro.

Integrar as considerações climáticas no financiamento de infraestruturas, promovendo obrigações verdes, fundos climáticos e financiamento misto para projectos sustentáveis. Destacar iniciativas como o Fundo Verde para o Clima (GreenClimate Fund) e a Aliança Africana para Infraestruturas Verdes (Africa Green Infrastructure Alliance), de modo a impulsionar o investimento resistente ao clima, incentivando simultaneamente políticas que incorporem o risco climático e promovam o desenvolvimento verde.

Explorar a forma como as tecnologias emergentescomo a Inteligencia Artificial (IA), as fintech e as plataformas digitais, podem transformar o financiamento e o desenvolvimento de infraestruturas, melhorando a seleção de projectos, simplificando o investimento e melhorando a eficiência operacional, assegurando simultaneamente o financiamento de infra-estruturas digitais como base para a economia digital de África.

Promover infraestruturas regionais, como mercados regionais de energia, corredores comerciais e transportes transnacionais, para desbloquear economias de escala e impulsionar o comércio no âmbito da ZCLCA. Destacar projetos emblemáticos transfronteiriços, como o Corredor do Lobito, ao mesmo tempo que se exploram a coordenação de políticas, o financiamento multinacional e instrumentos de estruturação, como Parcerias Público-Privadas (PPPs) e Veículos de Propósito Específico (SPVs), para apoiar investimentos multilaterais.

A Cimeira explorará o financiamento e as parcerias inovadoras para impulsionar a industrialização e a diversificação económica de África, salientando o papel das infraestruturas na viabilização de sectores-chave e no apoio à ZCLCA. As discussões destacarão as PPP, a colaboração regional e o investimento em transportes, energia e conectividade digital como catalisadores do comércio, da competitividade e do desenvolvimento sustentável. As infraestruturas relacionadas com o comércio, tais como sistemas aduaneiros eficientes, cadeias de abastecimento integradas, plataformas de comércio digital e portos modernos, são essenciais para um comércio transfronteiriço fluido.

O financiamento das infraestruturas em África é cada vez mais moldado pela mudança da geopolítica mundial, com as grandes potências e os actores emergentes a oferecerem iniciativas de investimento concorrentes, como o Global Gateway da UE, o PGII do G7 e o BRI da China. Embora estas iniciativas proporcionem capital vital, as nações africanas têm de equilibrar os interesses externos com a soberania e os objectivos a longo prazo. A ênfase está a crescer na cooperação Sul-Sul, nas instituições financeiras regionais e nos modelos de financiamento resilientes para navegar na volatilidade económica e na complexidade geopolítica.

A Fundação para a IA e a Inovação Economica de África: Para competir na IA global e na economia digital, África deve investir em infraestruturas digitais, banda larga, fibra ótica, 5G,e garantir a soberania dos dados através de centros de dados locais e serviços em nuvem. O financiamento estratégico, incluindo PPP e capital de risco, é essencial para eliminar o fosso digital, promover a inovação da IA e construir um futuro digital resiliente e autossuficiente